Após o sumiço de quase um mês, bem que gostaria de contar novidades, mas meu comportamento não mudou quase nada. A única coisa positiva é que estou obedecendo melhor ao “larga”, após um papo-cabeça com meus pais, especialmente, mãe Véu. Acho que estou entendendo o que é melhor pra mim. Por outro lado, os passeios continuam tensos, com a minha histeria característica, bem como o ato de receber visitas em casa, principalmente, quando tem criança no meio. Problemas à parte, nesse sábado, o dia foi agitado. Tomei um banho natural no Mandassaia. Corri e nadei pra caramba, apesar de estar sempre em observação e, na maioria do tempo, com uma corda amarrada à coleira pra evitar os encontros desagradáveis com as cobras da região. Cheguei morto de cansado à cachoeira, mas voltei altamente renovado, pronto pra brincadeira. Em casa, meus pais desistiram de concluir o banho por conta do tempo chuvoso. Então, a melhor opção foi descansar com o som da água e o friozinho típico do inverno diamantino. Ah, completei 1 ano e 10 meses de vida! Abul e Buda já são meus vizinhos, mas nunca nos encontramos cara a cara. Apenas sentimos o cheiro uns dos outros pela fresta do portãozinho deles, pois faz parte da minha rota de passeios. Êta namoro enrolado esse! Uma ótima semana a tod@s e muita aventura, au, au!
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Nos últimos dias, a novidade foi a visita de meus avós maternos e tio Juno, que vieram comemorar seus aniversários com meus pais. Apesar de ficar no quintal, na maioria do tempo - ótima desculpa pra chamar a atenção com os típicos roubos de objetos -, interagi bastante com o pessoal, mesmo na hora do churrasquinho, quando mãe Véu teve de se rebolar pra me deixar quieto na casinha. Além de treinar comandos, receber carinho e brincar até cansar com tio Juno. Claro que continuei desobedecendo com as tentativas de monta, pulos e latidos inconvenientes. O pior foi no dia que minha mãe decidiu levar todos pra passear comigo até a ponte do Barro Branco. Dei o maior trabalho com a mania de puxar a guia e ir pra cima de cães e gatos, dificultando a condução de meus avós. O bom mesmo foi me refrescar no riachinho e dormir como um anjo ao chegar em casa. Estava, literalmente, morto de cansaço! Mantenho o velho hábito de comer o que não devo (até papel higiênico usado e papel alumínio entraram na onda). A coleira Gentle Leader ainda soa estranha pra mim, pois, como continuo eufórico, ao dar um solavanco na guia, a tira do pescoço sobe e, por vezes, tapa meus olhos. Meus pais sonham com o dia que um adestrador tope o desafio e me leve pra passear. Me pergunto: quem será o corajoso, au, au! Esses dias, enfim, me curei de uma otite. Desta vez não tinha o Natalene disponível, então meus pais aplicaram Otolin, que, apesar de mais fraco, resolveu o problema, após cerca de duas semanas. Agora a atenção é redobrada quando estou em contato com água (seja no banho caseiro ou nas cachoeiras) e deitado na terra úmida.
Nas caminhadas rotineiras, fiz minha mãe passar vergonha, ao pular no dono de Guerreiro e sujar sua camisa branca de lama. Ainda estou longe dos 100% com a nova coleira: continuo eufórico e querendo comandar, apesar de ser contido mais facilmente. Ao menos o impacto no braço de quem me carrega reduz drasticamente com a Gentle Leader, especialmente quando combinada com a mochila. Talvez o problema seja na regulagem da tira do focinho, mas o fato é que sou uma missão complexa pra lidar, rs. Com visitas, mantive o mau hábito de montar, por isso, geralmente, permaneço no quintal - onde, ao menos, após latir um pouco, fico quieto, respeitando o espaço dos humanos. No mais, passei mal com algo não identificado, vomitando e sujando todo o quintal com uma disenteria daquelas. A sorte é que avisei a mãe Véu no meio da madrugada (com uma espécie de grito) pra abrir o portãozinho às pressas, antes que eu colocasse tudo pra fora na sala mesmo. A última foi matar um filhote de caranguejeira e nem me abalar com a alergia que seus pelos poderiam causar. O friozinho continua, assim como meus longos cochilos x as loucas carreiras repentinas e os roubos pontuais. Ah, também inaugurei a focinheira e com muito trabalho, ameaças de mordida e desvio de atenção com ração deixei meus pais apararem algumas unhas. Permaneço fazendo sucesso na vizinhança, por conta da beleza de meus pelos e porte físico. Estou com 35kg, segundo a balança de meus pais, e superparecido com meu genitor Marley. Tomara que a sina do nome não me acompanhe por muito tempo, au, au! Nessa semana, caminhei apenas na quinta-feira e no sábado. No primeiro dia, aprontei logo na saída, ao ver Branco e os gatos da vizinhança. Gritei, pulei e até me soltei da coleira, mas logo fui capturado por meus pais. Puxei demais até o começo da trilha, quando o cansaço chegou. Na volta, o embalo da ladeira me fez acelerar novamente, resultando no segundo estresse do dia, ao ver os três cães do portãozinho. A surpresa foi o encontro com os pais de Abul, quando eles reforçaram o interesse no namoro, marcando o casório para o fim do ano. Meus pais descobriram que um deles é quase um adestrador de cães, de tanta facilidade que tem pra lidar conosco. Tio Moisés será meu tutor humano de vez em quando e tentará me colocar no cabresto. Com a chegada da Gentle Leader e da mochila cargueira, meus pais estão mais esperançosos. Ontem já inaugurei as duas, demonstrando muita resistência inicialmente, ao tentar tirar o nylon do focinho com a pata, pular e fugir. Mas há males que vêm pro bem: não é que a coleira e o pesinho extra da mochila deixaram mãe Véu, finalmente, caminhar tranquila? Mesmo arredio, diminuí bastante o ritmo – nem foi preciso sentir os solavancos na guia, exceto no momento dos xixis – e, melhor, salvei nós dois da picada de uma cobra (tudo indica que era uma salamanta, parecida com a jiboia e também sem veneno). Como estávamos num passo bem calmo, tivemos tempo de vê-la e evitar contato. No retorno, dei uma de maluco de novo com os mesmos cães da quinta-feira e, em casa, ainda gastei o resto da animação correndo, pulando e sujando meus pais de lama, após molhar boa parte do quintal com a vasilha de água. Eles dizem que ou minha energia não tem fim ou sou mesmo um caso pra estudo! Acho que é tudo uma questão de tempo, pois logo vou adquirir responsabilidades e, provavelmente, ouvir mais conselhos.
Ah, ganhei um colchãozinho pra dormir, já que os panos acabaram de tanto eu roer. Será que entenderei a mensagem e, enfim, aproveitarei o aconchego de um lençol sem destruí-lo? Tomara, porque o friozinho junino “tá arretado de bom”, au, au! Nos passeios rotineiros aconteceu algo curioso. Levamos alguns sustos com dois grupos de urubus que rondavam os limites da trilha, provavelmente, por conta de alguma carniça. Pra compensar, contemplamos a dança das andorinhas, que, perto dali, bailavam no ar. A chuva chegou com tudo e o frio então... nem se fala! Por conta disso, continuo mais tempo em casa com energia de sobra pra correr e até machucar meus pais, com os pulos frenéticos e alguns arranhões. Também ando roubando roupas do varal, as tampinhas da lavanderia e, pior, com aquela dose de possessividade que tanto entristece os humanos. Só caminhamos duas vezes na semana, mas, por incrível que pareça, no primeiro dia estive bem concentrado, acompanhando a corrida e a caminhada por alguns minutos sem a guia.
Na segunda vez que usei a coleira nova, fiquei com uma baita ferida na pata dianteira esquerda. Dei trabalho pra deixar meus pais passarem antisséptico e pomada, na verdade, acabei lambendo tudo. Soube que logo chegarão uma focinheira nova e mais resistente, além da coleira Gentle Leader, última esperança de minha mãe pra eu parar os ataques ao ver cães e gatos e diminuir o grau de ansiedade. Ah, agora sou amigo de uma lagartixa – batizada de Lua pelos meus pais. Entendi que não consigo pegá-la e que ela fica quietinha, apenas comendo insetos. A boa notícia é que, na quinta-feira, mãe Véu conheceu meu futuro sogro, ou melhor, o dono da minha futura esposa. O Ricardo tem uma fêmea de labrador amarela, a Abul. No auge dos seus quatro anos, ela já mora com um Golden Retriever, pai da sua primeira prole. Apesar do meu comportamento desembestado, todos gostaram de mim e ficaram empolgados com o casório. Fiquei sabendo que Abul é bem mais obediente que eu, pois foi adestrada desde pequena (quem sabe nossos filhotes nasçam um pouco mais tranquilos, au, au!) Acho que finalmente vou romper com o voto de castidade. Meus pais ainda vão pesquisar mais sobre o assunto e amadurecer a ideia, mas estou superfeliz e ansioso pelo primeiro encontro. Na segunda-feira passada, levamos um susto! Ao voltar da caminhada com minha mãe, o portão do tal pitbull, que eu tanto temia, estava aberto. A intuição de mãe Véu não falha, mas ela nunca a escuta... Até pensou em gritar, pra conferir se o grandalhão estava preso, porém decidiu arriscar, confiando no bom senso de seus donos. Mas não é que Guerreiro estava solto? Claro que eu contribuí para o suposto ataque, ao começar a fazer barulho perto de sua casa. Resultado: o bicho veio correndo em nossa direção e partiu pra cima de mim! Por incrível que pareça, saímos ilesos, sem um arranhão sequer. Em nenhum momento Guerreiro afundou os dentes, apenas deu um aviso. Ficamos enroscados, em ameaças mútuas, enquanto mãe Véu pedia ajuda e tentava me puxar, pra evitar mordidas, além de se esquivar também. Acuados num muro, fomos salvos pelos donos do grandalhão, que apareceram após alguns minutos e o puxaram pelas patas traseiras. Ufaaaa! Ainda bem que foi apenas um susto! Provavelmente a proteção que meu nome carrega ajudou, afinal, sou um verdadeiro guerreiro da paz! Pra evitar outro reencontro desagradável, mudamos a rota do passeio na quarta-feira, através de um atalho. Porém, tive de passar por Branco, um cão que passeia por aqui e sempre rosna ao me ver, além de outros três que ficam separados da rua por um portãozinho de madeira e uma tela de arame. Mantive a euforia na saída, ainda pior por conta dos novos estímulos, mas na volta fiquei mais facilmente domável - também, havia corrido pra caramba! Nesses dias ainda interagi com tio Ian, colega de trabalho de meus pais. Pulei pra caramba, treinei comandos - mesmo um tanto arredio - e, apesar de ficar preso no quintal enquanto ele estava no escritório, não lati. No fim de semana, fui para o meu primeiro camping, com direito à parada na ponte por onde passa um riachinho pra molhar o corpo de leve e recarregar as baterias. Já na barraca, continuei preso por uma grande corda e mantive a inquietação de sempre, levantando por minutos pra mudar de posição e lugar. Ora estava na entrada da barraca, ora no seu interior, noutro instante fuçava a terra ou observava o céu e os novos seres vivos. Por vezes, arregalei os olhos e até tremi, principalmente após o latido irreverente de um cão que passou próximo ao nosso acampamento. Na manhã do domingo, o Mandassaia nos esperava para um banho refrescante, a típica natação e um momento relax. Comi vários petiscos, com destaque pra maçã e cenoura, e chamei bastante atenção, principalmente das crianças, pelo meu tamanho e beleza. Ouvi dizer que faremos mais passeios como esse... Detalhe: caminhamos quase 20 km, contando ida e volta! Acho que já posso ser considerado um “autleta”! #ansiosopeloproximopasseio Na semana passada, até que estive tranquilo, ao menos em casa (deve ser influência do tempo frio). Experimentei tangerina e comi bastante mamão; brinquei de bolinha e cabo de guerra com os panos velhos e trenei comandos, aperfeiçoando o tempo que fico sobre duas patas durante o “cumprimenta”. Só não melhorei quanto a manter o equilíbrio nos passeios, dando “chiliques” com cães, gatos e bebês, principalmente. Por conta disso, tive de ficar no quintal ao recebermos visitas, quando lati por alguns minutos e resolvi me aquietar em seguida. Sei que preciso aprender a cumprimentar os humanos sem pular, montar... mas a tentação, por vezes, é mais forte que eu, rs. O que está preocupando é o excesso de lambidas que dou no prepúcio, região que cobre “meus órgãos baixos”. Parece que há uma leve inflamação, com um pouco de corrimento (acho que é sinal da puberdade). Meus pais estão observando e sempre reclamam, a fim de evitar que minha saliva leve ainda mais bactérias ao local. Daqui pra setembro, irei ao veterinário tomar vacina e fazer um verdadeiro check-up – a começar pela balança, afinal, desde que aderi à alimentação natural, dei uma boa encorpada e ainda não sei ao certo meu novo peso, o que é essencial na hora de tomar remédio, como vermífugo e antipulga/carrapato. Meus pais apostam no intervalo entre 35 e 40kg. Espero continuar em forma e manter meu espírito de atleta canino, au, au!
Nos passeios rotineiros, mãe Véu bem que tentou me deixar um pouco solto, mas, na primeira vez, desprezei o “não!” e parti pra mata, ou seja, reprovado no teste! Da segunda vez, apareceu um rottweiler e eu fui pra cima, daquele modo invasivo, pra cumprimentar o colega a todo custo. Claro que ele estranhou e minha mãe precisou me colocar de volta na coleira. Ainda aprontei, ao me soltar e partir a mil em direção ao corredor do fim da rua. Chamei a atenção da vizinhança, apesar de só querer uns minutinhos de liberdade. Agora saio com a Easy Walk e a coleira de pescoço ao mesmo tempo. Assim, mãe Véu consegue simular o efeito do enforcador – com a ajuda das próprias mãos - e conter minha ansiedade ao ver cães e gatos, principalmente (apesar de não ter tido muito sucesso e passar muita vergonha diante da minha força e desobediência). Continuo querendo cruzar com as pernas das visitas, bem como altamente incomodado com a presença de gatos e de qualquer outro bicho. Até um pato e um ganso encontrei com minha mãe na trilha e, claro, dei aquele ataque de “cachorro doido”, como faço com o pit bull e com crianças, especialmente de colo. Será que estou fadado ao cabresto? Até quando serei este labrador desembestado? Nessa semana, quase ganho uma companhia. Uma cadelinha estava perdida aqui na rua, então meus pais compartilharam um pouco da minha ração e um dos meus lençóis. Ocorre que ela se coçava muito e todos achavam que era pulga. Tive de ficar preso no quintal enquanto meus pais montavam uma espécie de caminha pra pequena na entrada de casa. Apesar do medo dos gatos, que se juntaram pra cercar a novata – inclusive tendo a ousadia de roubar grãos de ração -, ela, bastante serelepe, preferiu explorar o novo território e partiu ladeira abaixo. Acho que encontrou seus donos de verdade, porque nunca mais a vimos... Nesse sábado, conheci um riacho no caminho do Barro Branco. Meus pais já tinham visitado o lugar e ficado espertos com a tranquilidade das cobras, inclusive de uma cascavel que quase foi pisada por minha mãe. Por isso, não pude ficar solto e permaneci preso por uma corda. Ainda assim, deu pra me molhar e escorregar no limo da queda d’água, além além de apurar o faro com a brisa – que trazia vários cheiros e estímulos -, treinar comandos com ração e observar, feito um cão de guarda, a presença de alguns humanos que passavam pela ponte. Após o banho em casa, dormi o resto do dia e da noite, como sempre, adorando deitar no sofá-cama forrado, pra curtir o friozinho do outuno. Ah, experimentei cajá, berinjela, folhas de brócolis e outras “cositas” mais. Minha onda agora é comer e dormir bastante, estocando energia pra roubar roupas no varal e objetos espalhados pela casa, além de, vez ou outra, correr feito maluco, pra decepção de mãe Véu, que fica maluquinha pra dar conta do excesso de pelo que estou soltando pra me preparar pro inverno. A mais nova é que fico arrancando pedaços de matinho nas caminhadas. Meus pais dizem que nunca viram um cachorro que gosta tanto de planta quanto eu, au, au!
Nos passeios dessa semana, encontrei um filhote de pit bull, uma fêmea de bulldog e um bull terrier. Como sempre, mãe Véu tentou uma aproximação - forçada por mim, claro -, mas eles não quiseram muito papo, obrigando-me a sair. Também fiz minha mãe passar vergonha ao passarmos por crianças e eu partir pra cima delas. Meu objetivo era brincar, claro, mas bem que seus pais pensaram outra coisa… Conhecemos o dono dos pastores que sempre latem ao me ver e descobrimos que a fêmea é “desequilibrada”, não socializa com outros cães, por isso seu dono não passeia com ela. Deus ajude que eu nunca chegue nesse estágio, afinal, que cachorro não gosta de passear? Porém, estou quase nesse caminho... Em cada saída, desobedeço muito (desprezando o “não!”) e puxando ainda mais a guia. Até chegar à ladeira e cansar um pouco, só falto arrastar mãe Véu, que tem de suar bastante pra me segurar. Pra piorar minha má fama, resolvi tirar meus pais do sério neste fim de semana. Na madrugada de sexta pra sábado, roubei uma tampinha de cerveja e entrei no modo “lobinho”, sendo obrigado a dormir do lado de fora. Até a hora da ração matinal, estava transtornado, mudando o estado agressivo apenas pela tarde. Na madrugada de sábado pra domingo, roubo outra vez! Tirei duas roupas do varal e destruí os prendedores, além da bucha da lavanderia. Mesmo debaixo de chuva, fiquei de castigo no quintal. Mais parecia um pinto molhado, no entanto, bem que mereci, né?!
À fora as traquinagens, estou cada dia mais inteligente, reconhecendo novas palavras e objetos. Parece que a proximidade com os 2 anos de idade influencia diretamente no comportamento mesmo. Por exemplo, quando meus pais dizem “passear”, trato logo de buscar o tênis de minha mãe - por vezes até sua calça -, pra acelerar o processo, rs. Também sei pegar a bolinha nova. Por outro lado, continuo impossível ao ver água, principalmente nos dias de lavar roupa. Mãe Véu fica toda roxa e ralada dos meus pulos. Agora terei de ficar preso enquanto ela cuida da limpeza. Quanto à convivência com gatos, é outro desafio a ser superado! Desde que tive o encontro inesperado com a cobra, não fico mais solto durante a caminhada. Em compensação, mãe Véu está explorando novos caminhos, como a estradinha de acesso ao Barro Branco, que parece uma floresta, cheia de árvores, sombra e ar puro. O lugar também lembra o cenário do filme “A Bruxa de Blair” e parece ser um reduto de animais selvagens. Minha mãe fica com receio de encontrar a tal onça preta. Já imaginou se ela me vê na sua frente e enxerga uma ameaça, afinal, bem que pareço uma onça às vezes, não é?! Neste domingo, meus pais estavam dispostos a madrugar pra me levar à Cachoeirinha, afinal, era dia de banho. O problema é que eu estava impossível, altamente ansioso e até agressivo com cães e gatos. Chamei bastante a atenção ao atravessarmos a ponte da cidade, pois a todo instante passava um cachorro por perto. Lati, rodopiei e deixei meus pais totalmente sem graça e frustrados. O mais intrigante do passeio foi uma cadelinha, que provavelmente estava no cio, e nos seguiu por uma boa parte do percurso, dando em cima de mim descaradamente. Bem que eu queria uma aproximação, mas, infelizmente, fui impedido, pois ela parecia adoentada, com o focinho vermelho e úmido. Na Cachoeirinha, mantive a alegria de sempre, nadando, interagindo com o novo frisbee e buscando cocos. Ainda não foi desta vez que consegui ficar com uma fêmea à vontade. Mas mãe Véu tem boas novas! No curso de Pilates, ela conheceu Selva, uma fêmea de pastor alemão mestiço. Apesar de já ter dado cria duas vezes e sua dona querer castrá-la, minha beleza aguçou os olhos da tutora humana - ao ver algumas fotos no cel de minha mãe - e, talvez, role uma paquera. Será que, finalmente, vou desencalhar? Au, au! |
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